domingo, fevereiro 24, 2008

Uma semana se passou e aqui estou. Desta vez, como disse anteriormente, trago um texto com temática diferente. É um texto um tanto pesado mas acho que por causa da rima, não é tão chocante, parece mais uma manchete de jornal que não consegue exprimir toda a realidade, toda a seriedade da situação. Por causa disso, estou tentando abandonar essa fixação por rima. Tentarei me concentrar mais na expressão da idéia do que na estética. Se não ficar bonitinho, que pelo menos seja sincero e traduza bem a minha idéia.
Considerando que esta semana começarei a faculdade e por isso terei meu tempo livre bem reduzido, não posso garantir que já na semana que vem terei algo novo, mas sem dúvida trarei pelo menos três novos poemas em Março. O projeto é esse, agora é mãos à obra.
Até breve.

Vida

04/02/2008

Para comer ela se vendia.
Para sobreviver ela se calava.
Desapareceu quando chegou o dia
Que descobriu que estava grávida.

Sem dinheiro para o aborto
O descartou após o parto.
Nasceu quase morto
Mas resistiu mesmo muito fraco.

Chorava forte e alto
Por isso não foi ignorado
No meio do lixo e dos restos
Foi encontrado e resgatado.

Alimentado, está saudável e forte.
Mas este foi um caso isolado.
Muitos outros como ele não têm a mesma sorte.
Alguns sequer são encontrados.

As mães estão pelas ruas,
Tão abandonadas quanto os filhos.
Com sua pouca idade, rezam para não morrer hoje.
Para continuar vivendo, rezam para não engravidar de novo.

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Mais um texto chegando.
Estou tentando mudar um pouco meu estilo, fazer menos rima e passar melhor uma idéia, um sentimento, mas este aqui eu fiz mesmo com o intuito de rimar tudo, parecendo uma musiquinha pop. Não está entre meus melhores mas a idéia é legal.
Já o próximo texto que colocarei aqui semana que vem (sem falta) traz um tema bem mais pesado. Pretendo escrever mais sobre coisas que me incomodam no mundo e deixar um pouco essas coisas melosas de lado por um tempo.
Mas tudo depende muito do meu humor e criatividade.
Veremos como me saírei.


Tempo 24/01/08

tic-tac, tic-tac
Os segundos passam correndo
Desesperado, corro junto.
Tento evitar o pensamento
De que não chegarei a tempo.

tic-tac, tic-tac
Os minutos se amontoam
O tempo está contra mim
Preciso alcançá-la
Não quero que acabe assim

tic-tac, tic-tac
Uma hora se esvai
Um ciclo que se fecha rapidamente
O fim sempre chega uma hora
E conosco não foi diferente

tic-tac, tic...
Agora o tempo parou
Ele já não importa mais.
Você se foi para longe e
Não pude dizer o quanto a amo.
Nem mesmo...

Adeus.